segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

sopas e gelatina


    Aqui, tal como em casa da Eva há uma criança de 2 anos e meio, a Amelinha, mas que é mais uma espécie de "Mafaldinha" do Quino! Anti sopa! Não foi sempre assim mas ultimamente as tentativas de lhe meter a colher na boca têm sido um desastre! Vai sopa para todo o lado, menos para onde deve! Então tirei férias! Comecei a fazer sopas para mim com especiarias, com pedaços, com sabores fortes, com tudo o que as crianças não gostam! Porque era para mim! 
    A verdade é que me soube bem não ter a preocupação do sal, da pimenta ou do caril!
    Com ela fingi ter desistido da sopa e comecei a fazer uns purés de legumes com um pouco de leite que fui misturando no resto da comida. 
    As primeiras vezes resultou, mas depois começou a desconfiar e a perguntar o que era aquela "coisa"! Agora a nova estratégia até foi sugerida por ela. Alternar uma colher de algo que ela goste com uma que não goste. Gastronomicamente tem sido muito curioso! Ontem comeu bacalhau intercalado com gelatina de morango! Hoje resolvi arriscar dar um pouco da sopa de cenoura. Comecei a falar no assunto mal acordou, comecei a dizer "a Amelinha hoje vai comer sopa! Que linda que vai comer tudo!" Ela respondeu "do outro lado sopa e do outro lado..." Começou a pensar qual seria o ingrediente ideal para intercalar com a sopa e acabou por dizer... "chouriço!" 
Socorro!
    Bem, acabei por fazer um estufado de frango com ervilhas e chouriço e a sopa foi toda! Pelo menos não fez cara feia. Amanhã tento outra vez! Qual será o ingrediente secreto...

    O creme de hoje foi um sucesso na mesa dos grandes (não arrisquei na dos pequenos!), aceitei a sugestão da Eva e também usei manjericão mas tal como ontem esmaguei no almofariz uma mistura de sal grosso, azeite e algumas folhas. Fica mesmo bom!
    Para amanhã estou a pensar fazer uma sopa de abóbora do livro "taberna"!
    Amanhã dou pormenores!

pantone ...



    Ao servir a sopa de hoje lembrei-me de como seria interessante se as sopas tivessem uma referência pantone como nome!
    A sopa sugerida pela Rita, com as alterações que descreverei, resultou num creme branco pastel muito apelativo que eu servi com três folhinhas de manjericão.
    As minhas sopas são muito fáceis de cozinhar pois são, na maioria das vezes, legumes cozidos e triturados, aos quais adiciono azeite e umas ervas.
    Sem simplificar excessivamente mas também procurando manter os sabores próprios de cada ingrediente, tenho a minha filha mais velha, com apenas dois anos, como a minha melhor crítica. Ela gosta muito de sopa e, excetuando as sopas mais tradicionais portuguesas ou de outros países, acompanha-nos sempre neste prato.

    Na receita da sopa de couve flor de hoje não fiz o salteado, coloquei uma batata muito pequenina juntamente com os restantes legumes no copo da Bimby e cozi durante os habituais 30 minutos, tendo triturado no final com um pouco de sal, um fio generoso de azeite e uma folhinha de manjericão. Servi com folhinhas inteiras e a família adorou!

    Para amanhã proponho um novo pantone! Sopa de cenoura, castanhas e cogumelos que se faz assim:

1 cebola
1 alho francês
4 castanhas congeladas
2 cenouras médias
80g cogumelos brancos
1 pitada de cravinho em pó
1 raminho de coentros picados
1l água
sal q.b.
azeite

    Os legumes juntam-se no copo com a água e os cogumelos laminados colocam-se no cesto, cozendo no vapor, durante 25 minutos/vel1/100º.
Retirar o cesto com os cogumelos e adicionar o sal e o cravinho. Cozinhar mais 5 minutos/vel1/100º e por fim triturar com um fio de azeite.
    Servir com os cogumelos laminados e os coentros picados ao centro.

    As castanhas congeladas são um acompanhamento especial em sopas e outros pratos. Tenho-as quase sempre no congelador e, de vez em quando, presenteio um assado de aves com algumas fazendo as delícias da Sofia!


comida... juventude e elegância

    Num jornal diário li ontem um artigo onde se citava um livro escrito por uma japonesa e pelo seu marido ocidental, cujo título é muito inspirador para a generalidade das mulheres. Japanese women don't get old or fat fala sobre a elegância e juventude das mulheres japonesas. A autora do artigo refere a importância do tamanho dos recipientes na tradição da alimentação deste país,falando da sua experiência diária com uma marmita tradicional japonesa, a bento box, onde coloca diariamente o seu almoço e do qual sai saciada.

    Comentando isto com a minha amiga e aliada das "sopas" Rita, ela disse-me que conhecia o livro e que a autora aborda nele a importância para o conforto do nosso corpo e mente dos pequenos prazeres que encontrámos nas cozinhas familiares. O bolinho da avó, as sopas de mãe ou as bolachinhas da tia especial, que ficaram cristalizados no nosso palato, no nosso olfato, na nossa visão e na nossa memória para sempre! Parece que a autora contrapõe esta riqueza e privilégio à tradição americana, onde tudo ou quase tudo é fast e fat. Para contrariar esta tendência e para perpetuar as boas memórias da cozinha, eu e a Rita estamos entusiasticamente envolvidas nas receitas de sopa, que podem ser servidas em doses mais ou menos generosas, porque há sempre mais um bocadinho, e que são seguramente uma forma de nos reconfortar saudavelmente. E porque nos dão prazer, também nos darão com certeza juventude!!

    A cozinha tradicional japonesa é, tal como a nossa, muito rica e saborosa. O que nos distingue deles são, sem qualquer dúvida, questões culturais e não simplesmente um problema de dosagem...

Eva

sopa de couve flor



    Hoje tenho no frigorífico uma couve flor!
    Lembrei-me de uma receita que faço com frequência e que fica bastante agradável.

Sopa de couve flor

Azeite virgem extra
2 cebolas cortadas
Sal
1 batata grande cortada em pequenos cubos
2 dentes de alho picados
850ml de água
350g de couve flor cortada em pequenos floretes
Azeite para servir

    Aquecer o azeite numa panela grande em lume médio. Saltear as cebolas e deitar uma pitada generosa de sal. Deixar uns minutos até a cebola amolecer.
    Deitar a batata em cubos, tapar e cozinhar 4 minutos, tempo suficiente para a batata amolecer um pouco.
    Destapar, deitar o alho, depois a água. Deixar ferver, verificar se as batatas amoleceram e nessa altura deitar a couve flor.
Cozinhar tapado 3 a 5 minutos, até a couve flor amolecer.
    Retirar do fogo e reduzir tudo a puré. Juntar mais água e sal se necessário.

Rita

creme de cenoura com manjericão


    Em casa dos meus pais nunca faltou a sopa! Tínhamos sopa ao almoço e ao jantar, sempre! Ainda hoje quando lá vamos, vamos na espectativa de comer mais uma vez uma daquelas sopas maravilhosas!
Hoje já sou mãe e a sopa faz parte do quotidiano. Sei que se comermos uma sopa já estamos a ser bem alimentados!
    Sempre gostei de cozinhar mas não como os verdadeiros cozinheiros! Não sou muito de improviso. Adoro receitas! Tenho imensos livros e gosto realmente de escolher e elaborar uma boa receita. Quando resulta bem, aponto a receita num caderno próprio que tenho, onde escrevo também as alterações que fiz!
    Neste momento ando a fazer uma selecção de sopas e de pão para fazer diariamente ao jantar e para poder partilhar aqui.
    Descobri que facilita imenso o meu dia ter apenas uma boa sopa ao jantar e por ser só sopa faço questão que seja especial. Ah! E faço uma diferente por dia, assim vario sempre os ingredientes. Tenho a sorte de viver ao lado do Mercado onde encontro produtos biológicos frescos diariamente!
    Não tenho bimby mas sou uma fã dos seus livros e da revista, por isso escolho muitas vezes receitas de bimby e faço no meu tradicional fogão!

Rita

    Ontem ao jantar fiz um creme de

Cenoura com manjericão fresco

Azeite
1 cebola picada em cubos
40g g de arroz basmati
750g de cenoura em pequenas rodelas
1 L de água
300ml de leite
manjericão fresco
sal

    Aqueci um pouco a cebola no azeite, até ficar tenra, juntei as cenouras e deixei cozer 5 minutos. Acrescentei o arroz, a água e um pouco de sal. Deixei ferver e reduzi o lume, tapei e cozi durante 45 minutos, mexendo de vez em quando, até as cenouras ficarem tenras.
Reduzi a puré com a varinha mágica (bato durante bastante tempo para ficar bem cremoso).
    Voltei a colocar no fogão, juntei o leite e vi se estava bom de sal.
    Num pequeno almofariz esmaguei em azeite e sal algumas folhas de mangericão que deitei nas tças de sopa ao servir!

    Ainda fiz uns muffins de curgete que sugeria no livro!

    Misturei numa taça grande 300g de farinha, 3 colheres de chá de fermento em pó, 200g de curgete ralada grossa, 1 iogurte natural, 2 colheres de queijo creme, 3 colheres de sopa de azeite, 3 ovos e 3 colheres de sopa de leite.
    Mexi muito bem com um garfo e deitei nas formas de papel que encaixei na forma de 12 buracos própria para muffins.
    Esteve 20 minutos a 200º mas acho que aguentava mais 5 minutos!