quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

maternidade e sopa


    A maternidade dupla, como diz a Eva é de facto uma actividade intensa! E se não podemos partilhar as nossas angustias e alegrias com ninguém, podemos mesmo entrar em desequilíbrio!
    Poder estar em contacto com alguém que vive um dia a dia tão parecido está a ser inspirador! De tal maneira que aqui estamos nós! A fotografar, a cozinhar e a escolher o melhor para a família! Sem ela, não sei se estaria tão inspirada e cheia de projectos!
    Um dia com duas crianças pode ir de um extremo ao outro num minuto! Tanto se está em paz e sossego num minuto, como está tudo a ir pelo ar no minuto seguinte! E é isto que nos obriga a ser criativas e ter uma energia sem limites!
    Felizmente os bons momentos são mais frequentes!
    A Ema esta semana entrou no clube das sopas e está a adorar. E a Amélia faz questão de lha dar! tem muito jeito e a Ema acha tanta graça que come tudo até ao fim.
    A sopa começa a ser realmente o centro das atenções cá em casa.
    Ontem fui com a Amélia ao mercado comprar os ingredientes para a sopa do jantar. Fomos, como sempre aos produtos biológicos. Compramos os legumes e não resistimos às farinhas integrais para fazer um pão para acompanhar.


    Lá na lojinha estava um cliente especial. Um caracol a passear numa folha de couve fresquinha! A Amélia ficou feliz com aquilo. Não queria vir embora e puxava-me para eu me sentar ao nível dela para apreciar a linda criatura!
"Mãe! Vamos dar-lhe um nome?"
"Sim... e que nome vamos dar?"
"Hummm... Caracol!"
"Boa ideia"
E lá viemos para casa com o caracol, claro!

    Fizemos um pão preto e uma sopa de abóbora com laranja que ficou divinal! Até a Amélia comeu!

    Deixo aqui as receitas!

Sopa de abóbora com laranja

750g de abóbora em cubos
300g de cenoura em rodelas
1 cebola
Raspa de 1 laranja
2 dentes de alho
1L de água
Sal e pimenta preta
Azeite
1 queijo fresco

    Refogar a cebola e o alho no azeite. Junta-se a abóbora e a cenoura e deixa-se 5 minutos. Deita-se a água, deixa-se levantar fervura e deixa-se ferver 30 minutos em lume brando.
    Bate-se com a varinha mágica, junta-se a raspa de laranja e tempera-se com sal.
    Numa tigela esfarela-se o queijo fresco e junta-se um pouco de sal e pimenta moída na hora.
    Deita-se a sopa nos pratos e serve-se com um pouco do queijo fresco em cima.

a (dupla) maternidade

    Eu e a Rita temos partilhado sistematicamente, desde 2010, as nossas inquietações, dúvidas, alegrias, aflições, experiências e já não sei quantas coisas mais, desde que ambas fomos mães pela primeira vez nesse ano. A nossa amizade cresceu na partilha e, dos gostos artísticos comuns, rapidamente descobrimos que ambas nos sentíamos atraídas por outro tipo de atividades e interesses também comuns. Daí até agora temos aprendido muito uma com a outra.
    Durante a gravidez comentávamos os nossos estados, a progressão dos bebés, os exames realizados, a alimentação que fazíamos, a atividade física e as alegrias e espectativas da primeira gravidez. Usamos livros comuns e aprendemos como tratar dos nossos bebés partilhando.
    Em 2012 tivemos, coincidentemente, a segunda filha! Sim, porque ambas temos duas meninas! E quando pensávamos que a experiência viria aligeirar algumas questões, e que tudo seria mais simples fomos surpreendidas por outras! E, mais uma vez, recorremos uma à outra para desabafarmos!
    Ter duas crianças tão pequeninas é, em algumas situações, muito dificil. Quando digo que é dificil não falo tanto das questões práticas e rotineiras do dia a dia, mas da forma como nos sentimos nos primeiros tempos relativamente à filha mais velha, por um lado, e ao bebé, por outro. Temos vontade de voltar a estar só com a filha mais velha mas, a seguir, ficamos inquietas relativamente ao bebé que queremos muito proteger e ter connosco. O tempo ajuda-nos a gerir melhor este conflito, pelo menos apazigua-nos mais, mas as dúvidas e as angústias que sentimos sobre a melhor forma de tratar das nossas filhas permanece.
    Entre as preocupações e a felicidade de sermos mães lá vamos trocando receitas de papas de aveia para estimular a produção de leite, experimentamos sopas, espreitamos o mundo - porque existe mais mundo para além do nosso - e comentamos peripécias!  

pães de Deus

   
   
    Os pães de Deus que fizemos no domingo desapareceram!
    Hoje pediram-me a receita e, por isso, cá vai. A receita é retirada do livro A Bimby, massas e doces mas eu faço sempre uma adaptação aos ingredientes que uso em casa, como o leite e manteiga de soja ou o açucar mascavado. Disponibilizo a receita conforme a fiz mas poderá sempre adaptar-se a outros ingredientes.

    Atenção aos tempos de espera e de levedura das receitas de pão!! Se queremos lanchar devemos fazê-los pelo menos uma hora antes!!
  • Para a massa
100g leite de soja
150g água
100g açucar mascavado ou amarelo
100g manteiga de soja
25g fermento de padeiro fresco
1 pitada de sal
500g farinha tipo 65*
1 ovo para pincelar no final

* usei farinha tipo 55. O livro da Bimby sugere que se acrescente mais 20 ou 30g nestes casos mas eu não o fiz.
  • Para a cobertura
50g coco ralado
30g açucar mascavado ou amarelo
2c. sopa de leite de soja

    Coloca-se no copo o leite, a água, o açucar, a manteiga, o fermento e o sal e programa-se 2 minutos/37º/vel1. Adicionar 300g de farinha e programar 15seg/vel6. Juntar a restante farinha e programar 3 minutos/vel espiga. Retirar a massa e deixar que dobre de volume.
    Formar bolas com aproximadamente 90g cada e fazer um corte em cruz no cimo de cada uma. Pincelar com o ovo batido.
    A cobertura faz-se misturando todos os ingredientes numa tigela.Enquando a massa leveda, cerca de 30 minutos,colocamos sobre cada bola de massa uma pequena porção desta mistura.
    Vai ao forno pré aquecido a 180º durante cerca de 20 minutos.