domingo, 23 de março de 2014

um corte de cabelo, o dia do pai e uma torta de cenoura


As semanas passam a correr. Os dias estão cheios de tarefas que fazem com que de súbito o ciclo dia/noite encerre. Os rituais diários repetem-se exaustivamente. Às vezes um pouco mais pontuais, outras, mais tardios.
Com crianças não há - nem deve haver - monotonia. Aqui em casa todos fazemos tudo como no livro da Madalena Matoso. Ou tentamos. Fazemos de pai, de mãe, de filha, de filho... às vezes corre melhor a uns do que a outros.
Também gostamos de fazer coisas que nunca fizemos e nem sempre corre mal. Os olhos da Rita ficaram ainda mais redondinhos quando lhe aparamos os cabelitos intrometidos. Nunca foi necessário cortar a franja à Sofia porque sempre teve um cabelo arisco!
Para a Sofia o dia do pai foi precedido de vários dias de intensa azáfama na escola e da difícil tarefa de fazer segredo da prenda do pai. Não funcionou. Mas o entusiasmo da sua realização, a celebração do dia e a beleza da inocência foram contagiantes!
O fim de semana também sumiu... Hoje acabamos o dia com uma torta de cenoura deliciosa. Tive algum constrangimento em fazer alterações a uma receita que já é, consensualmente, reconhecida e tão boa! É a receita da mãe de um amigo. Como quase nunca temos farinhas brancas ou açúcar refinado em casa acabei por fazê-la assim:

750g de cenouras 
300g açúcar amarelo
raspa de 1 laranja 
6 ovos
5 c.sopa de farinha de aveia
1c.sobremesa (rasa) de fermento 
canela

Coze-se a cenoura, escorre-se e tritura-se 1min/vel7. 
Separam-se as gemas e batem-se as claras em castelo 6 min/vel31/2 sem o copo medida.
Adicionam-se as gemas, o açúcar, a raspa de laranja, a farinha e o fermento às cenouras previamente trituradas. Com uma colher de pau misturam-se as claras em castelo. 
Sobre um tabuleiro de forno coloca-se uma folha de vegetal untada com manteiga. Verte-se o preparado sobre esta base e vai ao forno a 180º/200º até ficar cozida. Envolve-se com um pano polvilhado de açúcar e canela ainda em quente.